sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Como aproveitar oportunidades que surgem durante crises


Surpreso ao ver um artigo na quarta feira novamente? Eu também. Fato é que ocorreu algo interessante e algo ruim nos últimos dias então estou aqui nesse começo de semana, impulsionado à escrever. O primeiro fato, que é a notícia ruim, é que eu lesionei um dos meus joelhos na sexta passada durante a minha sessão de CrossFit. Nada sério, mas provavelmente terei que ficar uns 20 a 30 dias sem me exercitar, pelo menos nada que force o joelho. Isso me deixa com mais tempo pra escrever aqui.

O fato interessante foi essa greve dos caminhoneiros. Na verdade ela não foi interessante. Ela é uma consequência de duas coisas ruins do país.


Primeiro, nosso governo ridículo, governado por pessoas que só querem sugar e esquecem que pra manter a “máquina” funcionando, para poderem roubar mais no futuro, precisam deixar que um pouco retorne pra sociedade. Até para roubar socialistas são burros. Segundo que um país continental, que é a 6ª ou 7ª economia do mundo, ter praticamente toda a sua logística industrial e de varejo realizada no meio rodoviário, é uma das coisas mais ridículas e absurdas que se poderia esperar e imaginar de um país.


Esclarecendo esse segundo ponto, tudo nessa merda de país é transportado em caminhões. É caro, demorado, ineficiente, perigoso para o cidadão nas estradas e polui mais. Mas é claro que nosso governo de esquerda não vai investir bilhões para criar uma malha ferroviária para que o país se desenvolva no segmento da logística. Aliás, é por isso que a indústria pesada no Brasil, em sua maioria se concentra perto da costa, por não haver meios de escoar a produção de maneira eficiente. Mas vamos deixar isso pra lá, isso não é aula de administração.


O fato é que fui prejudicado por essa greve, nem tanto como consumidor mas razoavelmente como empresário. Sem entrar em detalhes pra manter o anonimato da minha pessoa e empresa, digo que eu tenho dois fornecedores na região sul que atrasaram suas encomendas, porque elas chegam a mim em São Paulo através de caminhões.


“Ok Rover, onde você quer chegar com isso?”


É aqui que começa o artigo realmente. Eu vou usar o que aconteceu comigo essa semana, como um exemplo para ilustrar a ideia principal desse artigo.


Uma das regras principais em qualquer empreendimento é nunca ter apenas um fornecedor. Tenha no mínimo três, o ideal são cinco deles para cada tipo de produto ou matéria-prima usada no seu negócio. Faça uma prospecção deles, do mesmo modo que um olheiro olha pra um jogador de futebol ou atleta de qualquer outro esporte (eu gosto dos detalhes que os olheiros usam para avaliar jogadores de futebol americano). Sempre compre com aquele que consegue combinar tempo de entrega mais rápido, melhor preço, mais meios de pagamento e pontualidade/honestidade, os fornecedores que oferecerem todos esses atributos ou maior parte deles, sempre ficam no topo da lista.


Infelizmente eu tenho prazos a cumprir na minha empresa. E com os caminhões parados com minha mercadoria na estrada, eu teria prejuízos. Liguei para meus dois fornecedores e expliquei a situação dos prazos, que eles já sabem, é claro. Eu sou um comprador que sempre paga em dia, compra bastante, sou honesto e gosto de manter boas relações com as pessoas que eu preciso pra manter meu negócio girando. Ou seja, sou um cliente que alguém gostaria de manter. Então o que eu fiz?


Pedi desconto de 45% em cada uma das duas cargas. Ou eu iria cancelar os pedidos e negociar com o próximos fornecedores na minha lista de fornecedores, fornecedores que estão no estado de SP. Negociação vai, negociação vem, consegui 40% em uma carga e 30% em outra. Sim, teve o atraso, mas com algumas ligações eu consegui resolver a situação e gastar bem menos com mercadoria.


Percebeu? A greve é uma crise, mas mantendo a cabeça fria e sendo analítico eu consegui economizar bastante nessa situação e ter até algum lucro, mesmo tendo que fazer desconto nas minhas vendas, devido ao atraso. No fim da cagada toda, ainda ganhei mais dinheiro do que era pra ganhar originalmente.


Crise e recessão é possivelmente a melhor época pra ganhar dinheiro, abrir ou expandir um negócio. Guerras também contam, mas graças a Deus não estamos no meio de uma (apesar dos 60 mil assassinatos/ano). Também é possível se dar bem em uma carreira, se você estiver jogando com as cartas certas. Esse é nosso cenário atual. O Brasil está uma grande merda. Uma enxurrada de corrupção e escândalos por todos os lados, violência, crimes, etc. E apesar de que a intuição nos diz que não é possível ganhar dinheiro agora, a realidade mostra diferente.


Afaste-se um pouco da TV e das notícias na Internet


É isso mesmo. Primeiro passo. Esqueça um pouco a merda em que estamos. Você NÃO TEM PODER PRA MUDAR ISSO. Se algum idiota disse que você tem o poder do voto, vire de costas e saia andando. Ou você acha mesmo que essas urnas eletrônicas são confiáveis? O dinheiro dos seus impostos está sendo roubado na Petrobras e sendo dado para os miseráveis vagabundos do Bolsa Família? E DAÍ? Repito, você não tem o poder de mudar isso. Se você está insatisfeito, faça como eu, comece a planejar sua mudança para um país decente. Aliás, quanto de imposto você deixa pro governo por ano pra reclamar e se descabelar tanto? Uns R$ 50 milhões de reais? Não né, nem eu. Então relaxa e goza. O problema do Brasil não tem solução. Então você se conforma ou cai fora (como eu farei).


Evite ficar vendo ou lendo notícias de corrupção e de crimes. Se você já leu meu artigo A habilidade que quem ter sucesso precisa ter vai se lembrar desse conselho. Não seja mais um no meio da boiada. Não seja mais um dos zumbis no meio dessa histeria em massa. Tá uma merda? Tá! Então não fique perdendo seu precioso tempo mostrando pra si mesmo algo que já sabe.


Durante tempos difíceis, e estamos em tempos difíceis, vence aquele que pensa racionalmente e se livra dos pensamentos estúpidos que ocupam tempo precioso. Fazendo isso, no meio dessa sujeira toda, você começa a enxergar oportunidades. Nessas situações de crise algumas pessoas ficam assustadas e começam a cortar gastos, param de comprar coisas supérfluas e se adaptam. Mas... essa não é a realidade da maioria dos brasileiros. Não. O brasileiro continua gastando, mesmo com seu poder de compra diminuindo. Todo dia você vê na timeline do seu Facebook coisas como essa abaixo?



Montagem: Canal do Otário


“Saudades do tempo que eu era rico com R$ 100 reais!”


Esqueça 1994, esqueça quando o Kinder Ovo era apenas R$ 1 real. Pare de viver 20 anos atrás. Estamos em 2015. Pois ficar se lamentando também não vai mudar nada. Não seja mais um membro da boiada.


Fato é, que o poder de compra das pessoas diminuiu e com isso a inadimplência (o popular calote) cresce. A maioria das pessoas no Brasil estão presas no Fluxo de Dinheiro para pobres (Classe E) e para classe média (Classe C e D). Viajou nisso, não entendeu o que eu quis dizer? Pare de ler aqui por um momento e leia rapidamente o artigo O que é independência financeira?. Depois volte a ler a partir desse ponto.


Com todos esses calotes os bancos no Brasil estão enriquecendo, o brasileiro está tremendamente endividado. Bens mais caros, como carros e imóveis, estão indo a leilão. Empresas que um dia foram lucrativas, não estão lucrando tanto hoje em dia e tem empresários desesperados pra passa-las pra frente por menos da metade do preço que realmente valem.


Existem muitas oportunidades por ai. Muita gente desesperada e despreparada, sem o mínimo conhecimento financeiro, querendo vender algo que tem por preço de banana, pra resolver uma solução a curto prazo (ex: pagar dívidas). No Brasil, se você é esperto, tem algum dinheiro guardado e está disposto a assumir certo risco, você pode se dar muito bem.


Quem pode se beneficiar da ignorância e dos problemas dos outros? VOCÊ.



Capitalista e opressor com muito orgulho. Me odeie esquerda.


Maneiras burras de ganhar dinheiro (ou tentar)


Eu já vi muita gente, inclusive amigos, se ferrando lindamente por decisões burras na tentativa de ganhar dinheiro fácil, rápido e em quantidade. A pior delas é tentar ganhar dinheiro com esses planos mirabolantes de Marketing multinível, ou seja, as famosas pirâmides. E tem também os esquemas de aprender a ganhar fortunas na Internet, como aqueles de vender produtos da China, por exemplo.



Fazer negócios com o Heisenberg é menos arriscado que entrar nessas pirâmides furadas.


Tive um amigo, isso mesmo, tive, porque ele ficou tão bitolado que a maioria das pessoas do nosso círculo se afastaram dele. O cidadão há alguns anos tropeçou na famosa Herbalife (ou Merdalife), e não falava de outra coisa. Queria arrastar tudo e todos para serem seus representantes, queria nos vender shakes e outras porcarias como comprimidos de cálcio. Só falava nessa porra de Herbalife, pior que aqueles crentes deslumbrados que só falam de igreja. O cara mostrava fotos dele com diretores e carrões esportivos que acho que nem deixavam ele sentar dentro. Se deu mal, está na merda hoje, trabalhando de funcionário numa empresa merda e ganhando um salário merda. Tem também o exemplo de um parente da minha namorada que perdeu em torno de R$ 10 mil com a famigerada TelexFree.





Aqui vai um conselho pra você: não existe maneira de ganhar dinheiro fácil e rápido honestamente. Não há. Simples assim. Aliás, até tem, mas você precisaria de uma fortuna pra começar. Sim, me refiro a dividendos vindos de investimentos como ações, por exemplo. Se você tiver uns R$ 10 milhões em ações de empresas seguras que pagam dividendos, será muito fácil ganhar uma fortuna todos os meses. Ou que tal R$ 10 milhões investidos em vários imóveis, que vão te render muito de aluguel? Ou que tal uma empresa no valor de R$ 10 milhões? Mas se você tivesse tudo isso nem estaria lendo um artigo como esse, certo? Certo. O que quero dizer é que para nós, que não somos multimilionários, não há caminho fácil. A não ser que você abra um puteiro (ou vire puta de luxo se você for mulher) ou vire traficante. Mas não queremos isso não é? Nem gaste seu tempo procurando por soluções milagrosas, elas não existem. Não existe almoço grátis.


E quanto a empreender, outro erro que muitos cometem, é enxergar um negócio apenas pelo que ele pode render por mês. O dinheiro é importante? É claro, é o principal, o motivo de ter um negócio é ganhar dinheiro. O problema é que para fazer com que dê dinheiro, ele precisa ser sustentável. É necessário criar valor. Qualquer negócio pode dar dinheiro já no começo se for bem planejado, mas qualquer produto ou serviço que seja necessita de valor. O cliente tem que sentir, pensar ou saber, que o dinheiro que ele está gastando ali está valendo a pena para ele. Assim que negócios se tornam sustentáveis no longo prazo ao invés de quebrar quando deixam de ser uma novidade ou modinha.


Maneiras inteligentes de ganhar dinheiro


Ganha dinheiro aquele que é útil para as pessoas, que cria ou troca algo que elas querem e/ou precisam. Sempre vejo as pessoas reclamando sobre porque o Neymar ganha uma fortuna “só pra jogar bola”. Eu sinceramente também acho isso uma merda. O Neymar é uma caricatura de homem, não passa de um moleque ridículo.


MAS... o Neymar tem um grande talento. Ele tem um enorme talento em um negócio que dá dinheiro: o esporte profissional. O Neymar ganha R$ 5 milhões por mês (sei lá se é realmente isso)? Bom pra ele. Ele só ganha isso porque ele rende R$ 50 milhões por mês para os empregadores dele. As pessoas consomem o Neymar. Consomem as camisas do clube com o nome dele, consomem o ingresso para vê-lo no estádio. Consomem os produtos que ele promove em propagandas. E aqueles caras nas praias do nordeste que desenham dentro de taças com areia colorida? Aquilo é um talento também, eu não conseguiria fazer algo igual. Mas a demanda não é grande, então eles continuam pobres e nunca vão ver nada perto da grana do Neymar. Lembra do meu artigo Botar a mão na massa nunca valeu tanto a pena onde eu mostro o caso de peões que ganham mais do que engravatados de escritório? Qualquer profissão que traga valor ao empregador ou ao cliente, será bem remunerada. É por isso que um pedreiro talentoso ganha muito mais que um bancariosinho que usa terno, desesperado pra atingir as metas do mês.


O caso é que vai ganhar dinheiro aquele que tem algo que as pessoas querem e/ou precisam. Por mais ridículo que essa “coisa” seja. Veja por exemplo a cultura de ostentação que tomou conta do Brasil. Já ouviu falar da história do cara que aluga iPhones para trouxas ostentar na balada? Não? Divirta-se com essa matéria do G1.


'Ganho R$ 2 mil por mês', diz editor que aluga iPhones para 'ostentação'


Marco Aurélio Costa aluga celulares por até R$ 170 dependendo do modelo. Editor de imagens já possui 5 smartphones da Apple para alugar em Natal.



Marco Aurélio (direita) tem ampliado o negócio com novos iPhones (Foto: Arquivo pessoal/Marco Aurélio Costa)


O iPhone 5 pode ser alugado por R$ 120. A versão 5S sai por R$ 170. É o preço para ter o smartphone da Apple por 24 horas. Com a proposta de alugar um dos celulares mais desejados do mercado, o mineiro Marco Aurélio Costa, 28 anos, tem ganho uma média de R$ 2 mil por mês em Natal. O editor de imagens credita o sucesso do negócio ao desejo das pessoas de 'ostentar' o produto. "Como não podem comprar um iPhone, as pessoas alugam. E com as redes sociais, muita gente quer mostrar que está na vida boa. É a coisa da ostentação", diz.


O negócio começou quando Marco Aurélio comprou um smartphone novo e ficou com dois iPhones em casa. "Preferi locar do que vender. Minha primeira cliente foi uma jovem de 19 anos que queria um telefone porque o namorado não tinha condição de comprar. Tirou várias fotos, gostou e espalhou para amigos", explica. Do boca a boca a frequência a locação de celulares aumentou, assim como o preço do aluguel. "Comecei cobrando R$ 80 e aumentei depois da repercussão", afirma.


Atualmente o editor de imagens possui cinco iPhones, quatro do modelo 5 e outro 5S. "O 5S é o que faço uso pessoal, mas também alugo. Neste fim de semana, por exemplo, estou usando um celular mais antigo que nem foto tira", revela Marco Aurélio, que chegou a Natal em fevereiro e está no negócio de aluguel de celulares desde maio. A renda extra Marco Aurélio usa para lazer. "Dá para garantir os fins de semana na praia", brinca.


Quando anunciou o aluguel de iPhones em um grupo da Apple nas redes sociais, as pessoas acharam que Marco Aurélio estava fazendo piada. "Alugo iPhone 5S para vc curtir nas baladas. 150 reais a diária, a primeira impressão sempre será a primeira que ficará (sic)", dizia o anúncio, que foi apagado pela administração do grupo. "Mesmo assim teve gente que me ligou perguntando se era sério e consegui alugar", afirma.


Mesmo com o crescimento da clientela, o editor de imagens afirma que não aluga o smartphone para qualquer um. "Não é fila de sopa. E a maioria que aluga não gosta de ser identificado. Até porque se for identificado derruba a fantasia toda", reforça. Até hoje ninguém deu calote ou roubou os smartphones. "Uma metade é paga antes da locação e a outra na devolução. Só pego o CPF. Se perder eu rastreio o celular", acrescenta. O acerto, segundo Marco Aurélio, é sempre na palavra, no entanto o mineiro já estuda fazer contratos com os clientes.


Sem revelar o nome dos clientes, Marco Aurélio conta histórias de pessoas que alugam seus Iphones. "Teve um cara que alugou para sair com uma menina. Acho que ajudou porque os dois estão juntos até hoje. Outra garota locou e na hora de baixar um aplicativo precisou usar meu nome. As pessoas pensaram que o celular era roubado", brinca. A maioria da clientela é formada por homens jovens. "Para cada mulher tem três homens alugando. Querem impressionar a mulherada", diz.


O negócio tem dado tão certo que o editor de imagens até brinca sobre ampliar a variedade de produtos. "Se eu tivesse uma Lamborghini alugaria. Penso até em comprar umas cuecas da Calvin Klein para o pessoal usar e deixar mostrando", conta. O editor de imagens já recebeu proposta de um amigo para se associar ao negócio. Enquanto a parceria não é fechada, a nova meta é comprar a versão 6 do smartphone, que o mineiro pretende alugar por R$ 220.


"Estou só esperando o preço baixar para comprar. Tem que aproveitar antes de aparecer concorrência alugando mais barato. Falando nisso, você tem iPhone? Se não tiver estamos aí", diz Marco Aurélio, antes de encerrar a conversa com a reportagem do G1.


Temos que tirar o chapéu pra esse rapaz chamado Marco Aurélio. Ele foi criativo e está se aproveitando da ignorância e vontade de aparecer dos brasileiros. Por mais ridículo que possa parecer esse negócio, (e ele até tira sarro ao citar alugar cuecas de marca) ele está oferecendo algo que as pessoas querem.


O segredo é CRIAR e OFERECER. Criar, não significa que você precise inventar algo extraordinário. Você tem que ter algo a oferecer, algo bom, que seja útil, que as pessoas queiram e precisem. E não estou falando só em vender produtos. Estou falando de você mesmo também. Você pode, por exemplo, se especializar em algo muito específico ou se tornar muito bom em alguma atividade, que vai te tornar necessário para algum empregador ou para que você preste serviço sendo seu próprio patrão. Isso é criar.


Oferecer é saber vender seu “peixe”. Faça as pessoas acreditarem ou perceberem que você está vendendo algo que elas precisam e/ou querem, seja isso um produto ou seus talentos, conhecimentos, habilidades.


Se você conseguir equilibrar o criar e oferecer, você vai se dar muito bem. Se você for muito bom em um deles e ruim no outro, vai fracassar. Veja por exemplo o caso de pessoas muito inteligentes, espertas, talentosas e que estão patinando sem sair do lugar. Elas criam, mas não oferecem. O oposto acontece também. A pessoa é muito boa em vender e se vender, mas na hora de entregar o produto ou serviço, falha miseravelmente, e nunca mais vai ser procurada por aquele cliente/empregador.


O melhor investimento pra começar


Em momentos de crise (e momentos de calmaria também) o primeiro melhor investimento que você pode fazer é economizar. Não adianta você querer fazer e acontecer se estiver endividado e/ou gastando igual ou mais do que ganha. Antes de querer investir na bolsa, fundos imobiliários, renda fixa como LCI e LCA, imóveis, querer começar um empreendimento, etc, você precisa antes TER o dinheiro, ele tem que sair de algum lugar. E você só vai conseguir isso economizando diretamente a partir da sua renda principal, que no caso é seu salário. Não tem jeito. Para chegar na tão sonhada IF, mesmo que você tenha várias fontes de renda, é necessário economizar para depois começar a pensar a investir e fazer o “bolo” crescer.


Quais as oportunidades que ando vendo por ai


Para quem não tem nenhum dinheiro fica difícil. Mas se você tem algum ou tem algo razoável guardado, sempre surgem possibilidades. Vou dar alguns exemplos abaixo.


Microempresas que estão para quebrar: Aqui existem oportunidades de ouro pra quem não tem muito dinheiro. Digamos que você quer vender cachorro quente, churrasquinho, churros, caldo de cana, pastel ou pipoca em algum local público, como praça, feira, shopping, frente de balada, faculdade, velório, etc. Só que você não tem dinheiro pra comprar o equipamento novo pra começar a realizar tal atividade. Você pode achar uma barganha de alguém que quer se desfazer do negócio, está com dívidas, vai se mudar pra outra cidade/estado, etc. Eu vejo muito por ai, pessoas vendendo equipamentos de lojas de todo tipo. Equipamentos que custam uma fortuna por preço de banana. Desde carros até equipamentos industriais. É só saber procurar especificamente o que você quer na internet, jornais ou periódicos do assunto. E usar o famoso boca a boca também. Ter contatos não vai te atrapalhar.


Imóveis: Eu não paro de namorar a possibilidade de comprar algum imóvel como investimento, oportunidades não faltam (isso antes mesmo de ler o Pai Rico, Pai Pobre). Eu confesso que adoro imóveis e tenho muita vontade de investir neles, seja aqui ou lá fora. Sempre estou fuçando em anúncios de imobiliárias. É verdade que ainda não puxei o gatilho em nenhuma oportunidade, mas isso se deve ao fato de eu ser um investidor ultra conservador, estar planejando cair fora desse país o mais rápido possível e para tal investimento eu teria que mexer nos meus investimentos já consolidados. Ou seja, não é minha prioridade no momento, no meu caso, cada vez menos coisas me amarrando aqui no Brasil, melhor. Entretanto, para quem deseja ficar e tem certo dinheiro na mão, imóveis podem ser uma bela opção. Tem muita gente desesperada por ai querendo se desfazer de um terreno, uma casa, um apartamento ou até mesmo um imóvel comercial por um valor mais baixo do que realmente vale. Um dos meus irmãos é um ótimo exemplo. Ele comprou, em 2012 ainda, um terreno em um condomínio fechado aqui em São Paulo. Os terrenos na época estavam saindo na base de R$ 80 mil, o condomínio estava começando. Mas como ele tinha parte do dinheiro na mão e o vendedor estava com a corda no pescoço, conseguiu o terreno por R$ 45 mil. Pra isso ele teve que vender o carro dele, um Renault Sandero, para poder inteirar a grana. Teve quase 50% de desconto no preço do terreno por pagar a vista. Hoje ele ainda possui o terreno e está decidindo se vai construir lá ou vai vender. Se quiser, vende hoje o terreno por R$ 110 mil. Veja só, pouco menos de três anos e meio e ele poderá lucrar mais de 100% nesse investimento. Que tipo de ação da bolsa ou renda fixa retorna isso em tão pouco tempo?


Sem contar os leilões. Mas leilões são um assunto para pessoas que dominam esse mundo e tipo de investimento, além de ter “bala na agulha”. O esquema é descobrir pessoas com problemas financeiros querendo vender. O melhor é a compra à vista ou no máximo 5 prestações, seguida da venda depois de alguns meses de valorização. E caso haja a intenção de alugar, sempre prefira imóveis comerciais, o retorno é sempre maior do que no âmbito residencial.


Aliás, outra ideia que vou dar de graça para alguém aí que tenha o dinheiro e os meios. Residências estudantis perto de faculdades. Especialmente em cidades do interior (e por que não na capital também) são uma bela maneira de ganhar dinheiro. Pois há muitos estudantes que as vezes deixam de ir cursar a universidade porque alugar uma casa ou apartamento fica muito caro.


A minha ideia em relação a um imóvel lucrativo seria: Comprar um terreno razoavelmente grande (uns 1 mil m2) constrói-se um prédio pequeno (no máximo 3 andares) com várias unidades que nada mais são que quartos com banheiro (15 a 20 unidades), uma cozinha e lavanderia comunitária, e estacionamento para 10 ou 15 carros. Na cozinha, pode-se oferecer refeições feitas por uma cozinheira contratada e cobrar por isso também, mas nada gourmet, estilo bandejão/marmita mesmo. Estive pensando sobre isso no passado. Não realizei, mas ter brincado com os números e com as contas, mostrou que poderia ser muito lucrativo, apesar do grande investimento necessário. Em um espaço não tão grande, seria possível ter vários aluguéis ao invés de apenas um, como uma casa em um terreno grande.



Esse dormitório estudantil que citei seria algo assim.


No caso, são pequenos exemplos que me vieram à cabeça enquanto escrevo esse artigo inspirado pelos descontos que obtive devido à greve dos caminhoneiros. Mas existem milhares de outras oportunidades. Oportunidades que podem estar na sua cara agora mesmo. Como disse o meu colega blogueiro Corey, no artigo dele chamado Tolerando o Brasil e planos para 2015, apesar do país estar mergulhado na lama, temos sim possibilidade de nos dar bem. Leve em consideração o conselho lá de cima, que eu já tinha dado em outro artigo e o próprio Corey dá no blog dele: esqueça as desgraças externas, foque na sua realidade. Não desmorone junto com o país, aproveite as oportunidades.


Lembre-se, coisas ou serviços que as pessoas precisam e querem. Não precisa complicar, não é necessário inventar novamente a lâmpada ou um papel higiênico que interage com seu smartphone quando você bate aquele barro. No momento de crise sempre concentre-se em coisas simples, no que as pessoas precisam, mas não se esqueça que o brasileiro é burro e descontrolado com suas finanças, ele também vai gastar no que quer, além do que precisa, vai “por no cartão” como muitos fazem. Esteja lá para fornecer o que ele quer e precisa. Esteja lá para tirar o dinheiro dele. Ele que se entenda com o banco depois.

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